Rodada 1:
Tópicos: Funcionalidade, flexibilidade e polivalência; Forma e usuários; O espaço da forma; Criando espaço, deixando espaço
Local: Laje do terceiro andar
É um lugar sem acesso, com uma única funcionalidade (estrutural), o que não condiz com as ideias do autor de polivalência e flexibilidade. Limita as interpretações dos usuários, pois não possibilita um uso variado e é um lugar perigoso. Além disso, impossibilita as várias interpretações pelo aplicabilidade, sendo um espaço com potencial (lazer) deixado de lado.
Rodada 2:
Tópicos: Lugar e articulação
Local: hall elevador bicicletário
Lugar amplo, utilizado como espaço de transição, com acesso à escada, elevadores, e corredor. Há um fluxo intenso de pessoas, e nenhum local de permanência no hall em questão. Hertzberger fala muito, em "Lições de Arquitetura", sobre o arquiteto projetar uma área com o tamanho ideal, que não seja muito grande, capaz de criar ilhas de isolamento, mas também não muito pequena, impedindo um fluxo contínuo. Contudo, o espaço analisado na rodada, mesmo sendo grande, não satisfaz às condições propícias para a permanência, visto que não possui infraestrutura para tal. Além disso, para "ocupar" o espaço livre foi colocado um bicicletário ali, que limita as noções de articulação propostas pelo autor. Outrossim, é uma região utilizada temporariamente para exposição de projetos. Portanto, as pessoas acabam usando essa área como um improviso, sem algo destinado particularmente para as demandas exigidas por lá. Seria necessário repensar sua significação como parte integrante da faculdade, promovendo permanência e distribuindo melhor suas funções.
Rodada 3:
Tópicos: A rua; O domínio público
Local: Hortinha do caminho da escada de metal
A rua, como espaço e domínio público, assim como a horta da faculdade, deveria ser zelada por todos e ser um lugar que promove a interação entre as pessoas. Contudo, o que se pode notar é que ninguém cria vínculos afetivos tão fortes com essas duas áreas para que seja importante zelar por sua qualidade, sendo que a hortinha por muitas vezes é esquecida. Além de seu péssimo acesso, as regiões ao seu redor estão sendo destinadas como depósito de lixo ou materiais inutilizados, criando um ambiente que os estudantes não querem permanecer. Relacionando com Hertzberger, tem-se que as ruas antigamente eram quase uma extensão da casa, as pessoas sentiam-se seguras e responsáveis, como se criassem ilhas individuais daquele pedaço público. Porém, com o advento das tecnologias e o aumento do individualismo, os cidadãos deixaram essa significação afetiva perdida no tempo, assim como os estudantes, que não promovem ações coletivas para o cuidado com a horta.
Rodada 4:
Tópicos: Ordenamento da construção
Local: Lago vazio do jardim da EA
Hertzberger edifica que cada construção deve funcionar como uma mini cidade, sendo que seus espaços devem se complementar, cada qual cumprindo a função pré-estabelecida no projeto. Contudo, o lago que compõe a fachada da faculdade não está cumprindo sua função (estética e lazer), visto que está vazio. Além disso, ele impacta o segundo acesso à Escola de arquitetura, já que para chegar até lá, seria necessário passar por dentro da praça. Outrossim, esse lugar contrasta muito com o ambiente as seu redor, pois a vegetação e bem cuidada, o que cria um conflito estético. O que devia ser um convidativo para exploração e permanência, torna-se elemento repulsor.
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